Benemérito António Cardoso de Moura
Nasceu a 30 /01/1892 e Faleceu a 31/10/1967
Data oficial da Criação e Início da Fundação Cardoso de Moura
26 de Abril de 1994
Decorria o Ano 1994, após criação da Fundação Cardoso de Moura (FCM), o executivo da Junta de Freguesia depara-se em simultâneo com o incremento do Conselho de Administração da FCM. Assim, José de Almeida Pinto (Presidente da Autarquia), Prof. Luís Manuel Fernandes (Secretário) e Manuel Lemos (Tesoureiro), com o excesso de trabalho autárquico, tornaram incompatíveis a acumulação de funções, pelo que o Executivo opta por convidar José Pina Gonçalves para assessor logístico e administrativo dos trabalhos da FCM.
Por outro lado, em sede de Assembleia de Junta de Freguesia, nomearam para Presidente da FCM João Romano, tendo como Secretário José Manuel Almeida Pinto e Tesoureiro Prof. Luís Fernandes. Na mesma diligência foram convidados o médico Dr. Armando Crespo, o Prof. Luís Fernandes, o Pároco Francisco Borges de Assunção e mais 2 colaboradores José Brito Amaral e Jorge Arménio Pina Figueiredo.
O Testamento é eloquente: o Benemérito António Cardoso de Moura deixa para a Freguesia de Loriga as propriedades rústicas com as casas para palheiro, sítios do Pêro Negro, Carreira, Penêdo de Alvôco, Tapada do Ameal, Montesinhas e Cabeço, bem como todos os prédios urbanos ou rústicos que à data da sua morte possuísse na cidade de Lisboa, para que com os respetivos rendimentos assegurassem tanto quanto possível a manutenção da instituição que fundava, sendo esta a sua última vontade.
No início da FCM todos os documentos estavam desorganizados, nomeadamente o património, isto é, não havia congruência, normativa ou regulamento. Paulatinamente, foram organizados e devidamente inscritos no Departamento das Finanças e Tribunal, como propriedade da FCM. Isto é, o testamento tinha validade jurídica, mas tinha pouca discriminação real das propriedades. Carlos Jorge Cardoso Amaro foi de uma competência enorme, pois conseguiu decifrar e ajudar a FCM neste processo de organização do património de Loriga.
A legalização completa
No Conselho de Administração de Carlos Lopes Ortigueira (presidente), Jorge Mendes Cardoso e Carlos Pina Melo (vogais) legalizaram-se nas repartições de finanças e conservatórias de registo predial de Lisboa três dos quatro prédios. Ficando o prédio da Rua Martim Vaz apenas neste ano findo, 2014, legalmente registado como património da FCM.
O Conselho de Administração presidido por João Romano teve como Principal Objetivo – iniciar o processo de legalização do património de Loriga/Lisboa em nome da FCM. Iniciou as diligências junto da Associação Lisbonense de Proprietários (intermediária do Benemérito António Cardoso de Moura e os seus arrendatários) para a transição do património do benfeitor para a FCM. Também neste CA foram delimitadas as propriedades da Tapada Ameal, Pêro Negro e das Resteves – Zona de Cabrum.
Utilidade do património da Fundação Cardoso de Moura à Freguesia de Loriga:
- Sede da Junta de Freguesia desde 1975;
- Sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga;
- Sede da Sociedade Recreativa e Musical Loriguense;
- Sede da Confraria da Broa e Bolo Negro de Loriga;
- Local de Formação dos Loriguenses na área do artesanato, lanifícios e confecção de malhas;
- Residência de Abílio Moura Pina, com melhoria franca das condições de habitabilidade que até então nunca terá auferido;
- Local de logística da Associação Loriguense de Apoio à Terceira Idade.
- Terreno do Campo de Atividades Desportivas – Ringue;
- Parque Infantil de Loriga;
Deve ainda ser salientado o usucapião, após a revolução 25 de Abril de 1975, do terreno que dá suporte ao campo de atividades desportivas, vulgo ringue, pertença da FCM.
Créditos do Testamento
No testamento, os herdeiros: irmã, sobrinha e cunhado do benemérito estiveram a beneficiar de 12 libras de ouro mensais. Assim, o legado recebia da FCM os rendimentos, impostos no testamento, dos arrendatários. Aproximadamente 200 000$00, dependendo do valor cambial da Libra Esterlina.
No CA de Carlos Ortigueira, a negociação com os herdeiros António Moura Leitão, José Cabral Leitão e Maria Celeste, 29 de Junho de 2001, na venda do prédio da Rua Heliodoro Salgado, em Lisboa, a FCM ficou com 50% do valor do negócio aproximadamente 16 500 000 $00, ficando lavrado que a partir daquela data, sessava a creditação das 12 libras de ouro aos herdeiros.
Contas da Fundação
Primeiro Caixa: 665 675$00 em 18 Abril de 1995, no entanto, a FCM não obtinha qualquer informação financeira, sendo José Cabral Leitão o Administrador de todo o dinheiro.
Durante anos, a logística dos prédios estiveram na responsabilidade da Associação Lisbonenses de Proprietários, que executou pequenos melhoramentos. Factual é que o património imóvel em Lisboa, entrou numa situação complexa e de risco para a atualidade da Fundação.
Em prol de Loriga
CA – António Prata Cabral (presidente), José Francisco Lucas Romano e António Manuel Saraiva Lopes (vogais), elenco que não chegou ao final do mandato, por divergências. Fomentou o apoio à atividade desportiva em Loriga, através de verba, para aquisição de vestuário técnico para a prática de ciclismo.
CA – José Francisco Lucas Romano (presidente), Rodrigo Miguel Marques Amaro e Carla Andrea Pereira Antunes (vogais) mantém várias atividades (Recuperação de Imóveis, Remodelação e Atualização dos Estatutos, Criação do Logotipo, Criação do Website, Cheque Ensino) e projetos em desenvolvimento que serão divulgadas nos eventos, site e redes sociais.
Informação obtida através de entrevista a José Pina Gonçalves.